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Final do ano vai chegando e com ele a vontade de juntar um dinheiro e partir para uma viagem. Bom, e se você fizesse isso durante o ano inteiro? Viajasse pelo mundo, vivesse no mundo e do mundo? Essa é a história do Bruno, da Geisa e, agora, da pequena Bia.

Bruno Lopes e Geisa Bandil se conheceram em 1998, em um acampamento nacional de escoteiros que estava acontecendo em Navegantes, Santa Catarina. No começo, como amigos, eles trocavam cartas. Conforme a internet evoluía, eles evoluíam junto. As cartas viraram e-mails e os e-mails mensagens diárias em 2007. Já eram quase 10 anos se falando! Bruno já vivia em Nova Iorque, nos Estados Unidos, desde 2005, participando de um programa de trainee.

Foi no final de 2007, com o visto que precisava ser renovado, que Bruno voltou ao Brasil e o reencontro aconteceu. “A Geisa pegou um ônibus em Ponta Grossa, no Paraná, cidade onde ela morava, e foi para Bauru me ver. Foi aí que percebemos que o que sentíamos era algo bem real”, afirma Bruno. As voltas para o Brasil se tornaram mais constantes. Dois anos depois, em 2009, Bruno e Geisa estavam casadas e com mudança definitiva para Nova Iorque.

Em 2011, Geisa engravidou, mas acabou perdendo o bebê na quarta semana de gestação. Dois anos depois, o casal decidiu que era hora de voltar para o Brasil para ficar perto da família. “Com a ideia da mudança veio outra ideia. A de fazer um mochilão de volta ao mundo por seis meses”, conta Bruno.

O casal voltou para o Brasil, ficou quatro meses e, em dezembro, começaram sua aventura. Foram cerca de 100 dias dormindo em hostel, aeroportos, tomando banho em rodoviárias. “Foi uma viagem muito simples e da maneira mais barata possível. Passamos por Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Nova Zelândia e Austrália”, detalha Bruno. Foi durante essa viagem, na Austrália, mais especificamente que veio a grande notícia: o mochilão ia ganhar uma nova integrante.

Com a gravidez, Bruno e Geisa voltaram para o Brasil para ter a tranquilidade de uma casa. “A Bia nasceu em Bauru em 2014. Demos a ela o carinhoso apelido de ‘Maorinha'”, conta Bruno. “Maori são os nativos da Nova Zelândia e, como sabemos que ela foi concebida lá, acabamos escolhendo esse apelido”,continua

Com Bia à bordo, era hora de começar a trilhar um novo roteiro. “Tínhamos a ideia de continuar a viagem quando a Bia estivesse um pouco maior. Aí decidimos viajar com um carro, por ter mais espaço e conforto”, diz Bruno. O trio pretende viajar por, pelo menos, quatro anos. Eles querem passar por, cerca de, 80 países rodando 140 mil quilômetros.

A viagem terá início ainda nesse mês, em um encontro que acontecerá em Gramado. “Será o primeiro teste da viagem. Depois retornaremos para Ponta Grossa, para um casamento de um casal de amigos. Sairemos depois do casamento rumo a Bauru”, explica Bruno. Depois disso, a viagem continua pela Serra da Bocaina e rumo ao Ushuaia, passando por Bonito e Cataratas do Iguaçu, além de outras cidades.

O intuito é que o mochilão em família dure quatro anos. A manutenção financeira será feita de várias formas. Bruno é desenvolvedor de sistemas web, e pretende continuar atuando na área. “Queremos também fazer troca de serviços por hospedagem, onde trabalharemos em comunidades locais, em troca de um lugar para ficar e ajuda com alimentação. Isso ajuda a diminuir ainda mais os custos da viagem”, explica Bruno. A ideia é gastar menos mensalmente do que se tivessem pagando aluguel, água, luz e internet.

O casal manterá também todas as redes atualizadas, por isso também criaram uma “marca”: Colorindo o Mapa. “Da Europa iremos para a Ásia, Oceania, África e por último a América do Norte descendo para a América do Sul”, conta Bruno. Toda a viagem será baseada nas vontades e necessidades de Bia. “Estaremos sempre procurando atividades para crianças em todos os lugares que a gente passar, principalmente atividades onde tenham muitas outras crianças”, conclui.

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