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Laudo Leal é natural de São Paulo, morou cerca de 16 anos no Japão e, há mais de três anos, está em Bauru trabalhando como fotógrafo. Cercado pela beleza da cidade, o profissional teve a ideia de unir suas duas paixões: ballet clássico e arquitetura.

Assim surgiu uma série de fotografias que impressionam pela beleza e delicadeza. “Estou com dificuldades para encerrar essa série, pois sempre encontro uma arquitetura interessante pela cidade e bailarinos sensacionais! Apesar de não ter apoio financeiro, o entusiasmo dos bailarinos e a boa vontade em doar o seu tempo livre, me incentivam a continuar o projeto”, afirma.

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Nós conversamos com o fotógrafo para saber mais informações sobre este lindo projeto. Confira a entrevista:

Você começou um projeto com bailarinos, certo? Como surgiu a ideia?
Isso, iniciei o projeto por gostar do ballet clássico e arquitetura. Pensei em uma forma de unir os dois; daí surgiu essa ideia de fotografar os bailarinos nos prédios antigos da cidade, usando técnicas modernas, mas mantendo a beleza clássica tanto do ballet, quanto dos prédios e dos locais. A série também é uma maneira de divulgar o trabalho e a dedicação destes jovens talentosos, além de atrair a atenção para o ballet e para a arquitetura da cidade.

Como você chegou a estas profissionais que foram fotografadas?
Encontrei a Rachel e o Jeff através de um amigo, depois fui pesquisando mais, perguntado se eles conheciam mais bailarinos, até que chegamos a alguns bailarinos da CIA de Ballet de Bauru.

Quantos bailarinos você já fotografou?
Já fotografamos cinco bailarinos e irão entrar mais uns três, que já estão ansiosos para o primeiro ensaio.

E é uma série que está encerrada ou você pretende fotografar mais bailarinos?
Estou com dificuldades para encerrar essa série, pois sempre encontro uma arquitetura interessante pela cidade e bailarinos sensacionais! Apesar de não ter apoio financeiro, o entusiasmo dos bailarinos e a boa vontade em doar o seu tempo livre, me incentivam a continuar o projeto.

Foram só mulheres ou homens também? Por quê?
Comecei com um casal de bailarinos, fotografei algumas bailarinas individualmente e, depois, o projeto cresceu de tal forma, que agora procuro fotografar duplas e trios. Mas isso depende das locações e da disponibilidade dos bailarinos e dos outros profissionais envolvidos.

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Onde as fotos foram realizadas?
As fotos foram realizadas em diversas localidades que têm alguma história arquitetônica. O museu ferroviário foi onde surgiu a ideia e, depois, fui pesquisando prédios e praças pela cidade. Já temos autorização para fotografar em vários outros prédios.

O que achou do resultado?
O resultado é um projeto que me satisfaz muitíssimo. A beleza do ballet e a sincronia com os locais, me fascinam. A forma com que os bailarinos usam o corpo para expressar sentimentos, a entrega aos movimentos e a sensibilidade, mas ao mesmo tempo, dá pra sentir todo o poder dos músculos e a força para realizar os passos. É surreal!

Foram fotos muito difíceis de serem feitas?
A dificuldade maior é colocar todos e tudo no lugar certo, na hora certa, com a luz que eu imagino. E, infelizmente, sou muito crítico com meu próprio trabalho. Nunca fico satisfeito com minhas fotos até vê-las com calma na tela do meu computador. Então, a maior dificuldade sou eu mesmo!

E que estes profissionais acharam? Eles te deram algum feedback sobre o resultado final?
Os bailarinos envolvidos no projeto são muito apaixonados pelo que fazem. Ficaram entusiasmados com o projeto, pois nunca tinham tido essa oportunidade antes e, então, o feedback deles é incrível. Bom, como ainda não encerrei oficialmente o projeto, até o momento posso afirmar que eles estão satisfeitíssimos com o resultado parcial e ansiosos para continuar. Quando finalizar, pretendo fazer uma exposição.

Site: www.laudoleal.com
Instagram: @laudolealfotografia
Facebook: Laudo Leal Fotos

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