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No Brasil, a obesidade e o sobrepeso vêm aumentando, tal como ocorre em vários outros países das Américas. Segundo o relatório bilateral divulgado, recentemente, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Conforme o estudo, mais da metade da população brasileira e americana está com sobrepeso e 20% das pessoas adultas são atingidas pela obesidade nesses países.

Em decorrência deste fato, muitos impactos são observados, principalmente no campo da saúde pública. No entanto, uma destas externalidades se encontra em uma área estritamente técnica: a engenharia responsável pela segurança no trânsito e suas intercorrências.

Em dois estudos (2010 e 2013) publicados pelo Jornal de Medicina de Emergência (Emergency Medicine Journal), dos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade da Califórnia constataram consequências mais graves de acidentes de trânsito envolvendo pessoas com obesidade.

O primeiro estudo concluiu que os condutores obesos de veículos estão mais propensos a morrer em decorrência de acidentes de trânsito do que os ocupantes não obesos envolvidos no mesmo acidente. Já o segundo estudo verificou que os ocupantes obesos apresentaram maior risco de morte do que os ocupantes de peso normal quando envolvidos em colisões de trânsito graves. A capacidade dos veículos de passageiros de proteger os ocupantes obesos pode ter importantes implicações de saúde pública, dada a epidemia de obesidade em curso nos EUA.

Em função dessa nova característica dos biotipos de norte-americanos e latino-americanos, os institutos de pesquisa que executam testes de impacto para os diversos tipos de veículos devem introduzir modificações na metodologia do ensaio. Estes testes avaliam a segurança interior dos condutores e passageiros propiciados pelos veículos, e deverão passar a usar também bonecos manequins para representar as pessoas acima do peso ou com obesidade. Esses bonecos são produzidos de forma a retratar o mais fielmente possível as características do corpo humano.

Nos resultados destas pesquisas, os cientistas também apontam que seria necessário modificar o design interior dos automóveis para que os condutores e passageiros obesos venham a ficar mais protegidos.

Não bastassem os riscos inerentes associados às pessoas que estão expostas nos seus deslocamentos diários, o grupo de pessoas com sobrepeso e obesidade passa a ter esta preocupação adicional.

Esta triste constatação deveria servir, no entanto, de incentivo às pessoas no esforço, com acompanhamento médico, de evitar adquirir sobrepeso ou obesidade. Afinal, deve-se cuidar muito bem do corpo humano, para que se possa usufruir de vidas mais saudáveis, seguras e com mais qualidade.

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