atletismo.

Há cinco anos, a ABDA, organização sem fins lucrativos leva o atletismo para mais de 400 crianças e adolescentes entre 7 a 15 anos da cidade de Bauru. São atividades que acontecem todos os dias, sem nenhum custo, e que possibilita um novo futuro para todos os participantes.

“Estou realizando um sonho. É muito bom participar desta semente que está sendo plantada nestes jovens”, afirma Neto Gonçalves, educador físico.

Neto é um dos responsáveis por comandar a equipe e auxiliar em tudo o que os atletas necessitam. Em entrevista ao Social Bauru, o educador comentou mais detalhes sobre este projeto, os desafios que enfrenta todos os dias e as vitórias que já conquistou em tão pouco tempo.

Confira o bate-papo:

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Há quanto tempo existe o projeto?
Neto: O projeto já existia com a Semel e há cinco anos a Zopone entrou para cuidar de tudo. Já eu estou aqui há dois anos, atendendo mais de 400 crianças e adolescentes.

Qual a faixa-etária?
Neto: Entre 7 e 15 anos. O projeto inicia com crianças de 7 anos e vai até os 15, porém temos atletas que participam das competições com 19 anos. Então, o projeto é amplo. O desejo é expandir ainda mais. Vamos prologando conforme a idade deles. Não queremos abandoná-los.

Como é a rotina desses participantes?
Neto: As crianças treinam duas vezes por semana, nos horários de folga de acordo com as aulas. Já os atletas que participam de competições treinam de segunda a sábado. Os treinos geralmente são de três a quatro horas por dia.

Tem algum custo para quem participa?
Neto: Não, nenhum custo e estamos com vagas. Temos vários horários disponíveis que as crianças podem participar. E todos podem participar! Lembrando que é preciso um bom desempenho escolar.

Existe esse acompanhamento?
Neto: Sim, a assistente social está sempre acompanhando as notas e quando elas não estão boas, ela entra em contato com os pais para ver o que está acontecendo.

Você, que acompanha o dia a dia deles, se envolve também na vida deles?
Neto: Sim, com certeza. É impossível não se envolver, principalmente no caso dos atletas, que temos que acompanhar ainda mais. E eu já vi muita mudança de comportamento, pessoas que mudaram a alimentação, que estão se esforçando mais nos estudos e estão até mais responsáveis. A vida no esporte possibilita muita mudança em pouco tempo. Eu sempre falo para eles que o esporte não é só o treino, mas envolve também a alimentação e o descanso. E como temos uma rotina de treinos e ainda exigimos a dedicação na escola, ele não tem tempo para ir para rua e isso é muito bom.

Eles levam essa mudança para a casa também, né?
Neto: Sim, recebemos e sempre fazemos reuniões com pais para explicarmos o nosso sistema de trabalho. O bom é que eles vêem a evolução dos filhos e sempre apoiam o projeto. Eles vêem que o filho está melhorando o comportamento, está deixando de sair, de ficar na rua e está se dedicando a algo muito bom. Sem contar que eles têm vários bons exemplos aqui, de atletas que estão recebendo bolsas na faculdade e têm viajado por causa do esporte.

Nestes dois anos que você está no projeto, quais os desafios que teve que encarar?
Neto: Olha, acho que o maior desafio foi conseguir implantar uma equipe de rendimento. Quando eu entrei, a equipe ainda não era federada e só participava de competições regionais. Aí, como alguns atletas estavam se destacando, surgiu a necessidade de criar esta equipe. Aí, em conjunto com os outros profissionais do projeto montamos a equipe com os atletas que se destacavam mais No começo, eu levava três atletas para viajar e hoje já conto com mais de 30 atletas de competição que treinam regularmente. Esse, com certeza, foi o meu maior desafio.

E eu ia te perguntar qual a maior conquista, mas acho que é essa…
Neto: Com certeza! (risos) O ano passado, tive atleta que foi campeão brasileiro, outro que foi para o Pan-americano, para a Colômbia, Paraguai e Chile. Em pouco tempo, já conquistamos tudo isso.

Como você se sente em participar da mudança na vida de tantos jovens?
Neto: Nossa, muito feliz. Foi para isso que eu estudei e estou realizando um sonho. É muito bom participar desta semente que está sendo plantada nestes jovens.

E quais os seus planos para os próximos anos?
Neto: Eu espero que os resultados sejam ainda melhor e que a gente consiga atender mais jovens da cidade. Esses são os meus maiores desejos.

Exemplos para os mais novos
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Cleverson Pereira entrou no projeto aos oito anos de idade. Com o tempo, os treinos foram aumentando, assim como o gosto pelo esporte. Hoje, com 16 anos, o jovem é um dos participantes da federação paulista e já este presente em competições importantes como o campeonato brasileiro e campeonato brasileiro mirim – competição que foi o campeão o ano passado. “Eu treino todos os dias e estou muito feliz com os resultados. Sinto que muita coisa mudou na minha vida desde que eu entrei no projeto. Antigamente, eu só ficava na rua! (risos). Mas com o tempo, eu ganhei mais responsabilidade e levei esta mudança para a minha casa. Os meus pais me apoiam muito e até os meus irmãos também entraram para o projeto”, conta. Assim como Cleverson, Bruna Aguiar também está no projeto há anos recomenda a participação de todos: “praticar esporte é sempre muito bom e eu gosto muito deste projeto. Aqui eu fiz amigos e tenho mais motivação para tudo”.

Serviço:
Os interessados em participar do projeto podem procurar Aparecida Serafim José (assistente social) no telefone 3245-6658 ou no email: [email protected]
O horário de funcionamento é das 8h às 11h e das 14h às 17h.

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