Documentário #FORATEMER – trailer from Francimeire Leme on Vimeo.
Você gosta de política? Está a par de tudo o que está acontecendo em nosso País? Sabemos que a situação é complicada e opiniões plurais estão por toda a parte. E, em busca de promover ainda mais este diálogo, uma bauruense tomou uma atitude.
Francimeire Leme, formada em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), gravou vários moradores de Bauru respondendo duas perguntas: “O que significa o #FORATEMER para você?” e “Qual deveria ser a real mudança para o nosso País?”.
Os vídeos aconteceram em diferentes praças da cidade, universidades e até na casa de alguns moradores que disponibilizaram um pouco do seu tempo do dia a dia para promover o debate. A produção foi realizada de forma completamente independente, sem nenhum tipo de financiamento, nem privado e nem de verba pública.
Em breve, o resultado poderá ser visto de forma online e Francimeire agora busca parceiros na cidade para exibi-lo em locais públicos. Para ela, o principal objetivo com a produção do documentário #FORATEMER é promover “a reflexão e o questionamento sobre a atual conjuntura do País.”
Nós batemos um papo com a jovem para saber mais sobre a produção. Confira:
Por que você decidiu fazer o documentário e por que escolheu este tema?
A ideia do documentário surgiu das incertezas e ausências de ações práticas diante da conjuntura do país. Antes de fazer o documentário, eu ouvia os posicionamentos da esquerda e dos mais engajados politicamente sobre a consigna #FORATEMER, e tinha dúvidas sobre o que outras pessoas também pensariam. Se também se questionariam sobre ou ao menos refletiriam, concordando ou não com determinadas ações. Nesse sentido, surgiu o tema. Como algo investigativo, no intuito de saber o que cada um pensa sobre o #FORATEMER e além, “Qual então deveria ser a real mudança?”.
Onde aconteceram as gravações?
As gravações aconteceram na medida da necessidade de cada participante. Cada participação foi de livre espontânea vontade. Desde de amigos de Facebook que se interessaram em participar, depois de uma publicação minha sobre o tema, até pessoas desconhecidas que transitavam pelos locais de gravação. No geral, as gravações aconteceram na Praça Rui Barbosa, Praça 9 de Julho (ITE), Praça dos Expedicionários (TV TEM), Praça do Caic (Nova Esperança), Praça Salim Haddad Neto (próxima ao Habibs), USC e alguns pediram para realizar na própria casa.
Você teve algum problema para gravar por ser algo político?
Não. Algumas pessoas religiosas (Testemunha de Jeová, Pastor e Pai de Santo) vieram até mim durante o processo de gravação, mas não quiseram gravar, apenas conversar sobre. E todos tinham a mesma visão apocalíptica sobre a conjuntura do país.
Qual o roteiro do documentário?
O documentário é dividido em duas partes, dois questionamentos: “O que significa o #FORATEMER para você?” e “Qual deveria ser a real mudança para o nosso País?”. Entre as 28 falas há imagens de atos públicos pelo #FORATEMER realizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia, no sentido de tentar dialogar com as intervenções.
Onde o público pode assistir ao documentário?
Em breve estará disponível em plataformas on-line como Youtube e Vimeo de forma totalmente gratuita. E também está se organizando exibi-lo em lugares físicos como em centros culturais da cidade.
E qual a mensagem que você quer passar com ele?
A reflexão e o questionamento sobre a atual conjuntura do País.
Você é jovem e fez algo político. Você acredita que os jovens estão mais interessados em política ou não?
Sim, acredito que a juventude, principalmente depois de 2013, está mais interessada em assuntos políticos.
