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Regina Xavier é a proprietária do Ateliê Oficina de Ideias, aqui em Bauru
Regina Xavier é a proprietária do Ateliê Oficina de Ideias, aqui em Bauru

Pintar, bordar, fazer algum desenho ou trabalhar com bijuterias são atividades consideradas verdadeiras terapias para muitos. E Regina Xavier, bauruense proprietária do Ateliê Oficina de Ideias, reafirma: o artesanato traz inúmeros benefícios para o dia a dia.

Ela, que começou a fazer arte desde nova, quase que por acaso, transformou o hobby em profissão. “O meu início com artesanato foi por causa da minha mãe, que começou a fazer um curso de biscuit e detestou! (risos). Aí, os materiais ficaram parados em casa. Um dia, eu precisei de cola e perguntei se podia usar, e ela falou que era pra eu pegar tudo, que ela não queria nem mais ver. Aí eu me aventurei e comecei a fazer uns bonequinhos de biscuit. As pessoas gostaram e não parei mais”, conta.

Depois, anos mais tarde, quando veio a maternidade e os seus quatro filhos, Regina optou por não trabalhar fora de casa e, só quando eles já haviam saído da infância, é que ela voltou ao mercado com um emprego em uma grande loja de artesanato, aqui em Bauru. Lá, Regina ficou por sete anos e, ao deixar o emprego, decidiu investir em uma empreitada só sua, dando aulas em uma casa aqui no centro da cidade.

A ideia deu certo e o ateliê só cresceu de lá pra cá, conquistando mais alunos e beneficiando a vida deles. Nesta entrevista, Regina comenta sobre o seu trabalho e também sobre a transformação que observa em seus alunos, quando eles começam a dedicar-se ao trabalho manual.

Confira:

Você está neste endereço há pouco tempo, mas há quanto tempo já existe o ateliê?
É, estou aqui há bem pouco tempo, apenas 40 dias, mas o ateliê já existe há três anos e meio. Eu trabalhava em uma loja grande de artesanato daqui de Bauru e, quando saí de lá, depois de sete anos, eu fiquei perdida. Não sabia o que iria fazer da vida. Aí juntei todo o estoque que eu já tinha em casa, aquele monte de coisa que a gente vai comprando e nunca usa… (risos). E decidi alugar uma casa e começar a dar aulas. Porém, não tinha mais nada além do material de trabalho. Era tudo muito simples. Lá comecei a dar aulas de scrapbook, feltro, pintura em madeira e biscuit e o ateliê começou a crescer.

E aí, com o tempo, você percebeu que era isso que gostaria de fazer…
Exatamente, não procurei emprego em outro local e foquei nisso.

Foi difícil?
Sim, muito. Mesmo sendo um microempreendedor, algo bem pequeno, você tem impostos a pagar, deveres a cumprir e é muito burocracia. Em alguns momentos era até desanimador. Continuo graças aos meus alunos. E, pensando em melhorar o espaço, acabei mudando de endereço, para ter uma estrutura melhor. Foi algo necessário. No ano passado, inclusive, comecei a trabalhar com a Helena que, assim como eu, saiu de uma loja de artesanatos e começou a dar aulas. Ela também precisava de um espaço e começamos a trabalhar juntas. Nós temos uma aluna em comum que nos uniu e, agora, uma complementa o trabalho da outra.

Quais os cursos que vocês dão?
Eu dou pintura em madeira, vidro, cerâmica e gesso, scrapbook, feltro, apliquê e biscuit. Já a Helena dá patchwork, tricô, crochê, bordados em chinelo e outros bordados em tecidos. As aulas são para alunos iniciantes, intermediários e avançados, com horários de manhã, tarde e noite. É tudo muito flexível. As aulas podem ser avulsas ou mensais, dependendo do que o aluno deseja.

São só para alunas?
Não, nós temos alunos também. Eu faço muita lembrancinha de casamento e os noivos acompanham as noivas nestas produções. Também dou aulas para as crianças, inclusive no período de férias, com a participação de vários meninos, a partir dos sete anos.

Qualquer um consegue fazer artesanato?
Sim, qualquer um. Alguns homens até são mais relutantes no começo, assim como os meninos, mas todos se encantam. Alguns meninos chegam aqui e só querem pintar de azul, por exemplo, mas aí eles descobrem outras cores e isso é ótimo. Quando eu dou outras opções, eles mesmos se descobrem. Todo mundo pode fazer e supera os desafios.

E você vê a mudança de comportamento nestes alunos?
Sim, com o tempo fica visível. Tenho uma aluna há muitos anos que ela ficava muito nervosa quando errava. Ela nunca podia errar, ficava sempre brava. Um dia eu falei: ‘não fala mais que você não pode errar. Aqui você pode errar tudo. Quanto mais você errar aqui, mais você irá aprender’. Com isso, ela começou a ficar mais relaxada e sempre fala que a melhor coisa que ela fez, foi começar as aulas. Claro que hoje ela erra bem menos mas, quando acontece, ela diz que é um efeito novo no trabalho, é uma criação e vê o lado bom do erro. A criança, por exemplo, começa a ter mais disciplina.

Muitas pessoas consideram o artesanato um hobby, mas é a sua profissão. Como você divide isso?
Não divido, eu vivo nesta mistura. Muitas vezes eu levo serviço para a casa, mesmo passando 12 horas dentro do ateliê. Se eu estou assistindo à novela ou a um filme, estou recortando e fazendo algo. É assim que eu relaxo porque é muito prazeroso. Não tenho o peso do trabalho; a minha maior alegria é fazer isso.

Serviço:
O Ateliê Oficina de Ideias está localizado na Rua Cussy Jr. 10-14
Telefone: 32069368 ou 98112-6122
Facebook: https://www.facebook.com/byreginaxavier/?fref=ts

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